| Naviraí/MS - Quinta-Feira, 16 de Maio de 2024

Após pente-fino do TCE-MS, prefeitura promete reformar locais com problemas


Mofo em paredes e no teto causado por infiltrações foi encontrado em unidades públicas de saúde de Campo Grande
Caixas contendo remédios foram encontradas encostadas em parede com mofo em unidade de saúde vistoriada pelo TCE-MS - Foto: Divulgação Por: Editorial | 02/06/2023 18:47

Com a exposição de diversos problemas de infraestrutura encontrados em vistoria do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE), que ocorreu na quarta-feira, em 33 unidades de saúde, a Prefeitura de Campo Grande informou que reformará alguns dos locais inspecionados.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), há uma expectativa de que ao menos 20 unidades sejam revitalizadas nos próximos dois anos, incluindo as visitadas.

Conforme informações obtidas pelo Correio do Estado, Campo Grande tem 73 unidades de saúde espalhadas pelas sete regiões da cidade.

Entre os prédios que passaram pela fiscalização estão a Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) São Benedito, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 26 de Agosto, a UBS Lar do Trabalhador e a UBSF Vila Corumbá.

De acordo com o chefe da Divisão de Fiscalização da Saúde do TCE-MS, Haroldo Oliveira Souza, as primeiras informações obtidas pela vistoria nas unidades mostram que paredes e tetos de muitas estão com infiltrações e há refrigeradores estragados, assim como ares-condicionados antigos, sem funcionamento e se decompondo na sala de exames.

Em alguns postos, há sala de espera ao ar livre, e, com isso, em dias de frio e chuva, os pacientes ficam expostos.

Segundo Oliveira, também foram encontrados medicamentos acondicionados em caixas no chão e em prateleiras próximas a paredes mofadas. 

Além disso, houve flagra de insumos sendo descartados incorretamente.

A Sesau ressaltou, em nota, que “todas as medidas já estão sendo tomadas para resolver as supostas falhas apontadas. Os problemas estruturais, que resultam em infiltrações e aparecimento de mofos, devem ser sanados. Os equipamentos avariados ou que estão defasados devem ser substituídos”. 

Com relação às caixas térmicas, a Sesau informou que os equipamentos são próprios para armazenamento de imunobiológicos e seguem as normas vigentes, tendo controle de temperatura, e, por estes motivos, não comprometeriam as doses armazenadas nas caixas.

REFORMAS PREVISTAS

De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, já estão em andamento processos para aquisição de mobiliário e equipamentos médicos e de informática para as unidades de saúde do município.

Além disso, a Sesau informou que algumas unidades apresentam problemas crônicos que precisam de intervenções maiores, por conta de terem mais de 20 anos de funcionamento. 

“A gestão municipal tem se empenhado para entregar melhores condições de atendimento à população e também de trabalho aos servidores. Foi iniciado neste ano o maior programa de revitalização de unidades de saúde da história. Até o momento, quatro unidades já receberam melhorias: UBSF Aero Rancho IV, UBSF Arnaldo Estevão de Figueiredo, UBS Jockey Clube e UBSF Marabá. Está em andamento a revitalização da UBS Nova Bahia, CRS [Centro Regional de Saúde] Nova Bahia e UBSF Paulo Coelho Machado, além da reforma da UPA Vila Almeida”, declarou a Sesau em nota.
Neste processo de revitalização, segundo a prefeitura, foram abertos mais dois processos de reforma, da UBSF Itamaracá e da UBSF Cidade Morena.

TCE-MS

O objetivo da vistoria, conforme informado pelo chefe da Divisão de Fiscalização da Saúde do TCE-MS, é realizar um levantamento da situação em que se encontram as unidades de saúde e como os serviços são entregues à população, para transformar possíveis queixas em melhorias de maneira fácil e ágil.

A metodologia da fiscalização inclui visitas às unidades de saúde em horário operacional, aplicação de questionário, registro fotográfico, inspeção física e consolidação das informações.

O questionário feito pelas equipes aos responsáveis pelas unidades de saúde envolve assuntos como medicamentos e insumos, funcionamento das unidades, instalação e equipamentos, recursos humanos, imunização, informações em saúde, assistência/gestão, fluxo assistencial e resolubilidade.

Os próximos passos são apurar o que foi encontrado e analisar a situação. As informações serão compiladas, e o relatório, com os resultados e balanço final da fiscalização em Campo Grande, ainda será divulgado.

Além de Campo Grande, o TCE-MS também fiscalizará unidades de saúde nos municípios do interior do Estado. “Outro ponto importante também a ser ressaltado é que é um projeto que vai ser expandido para todo o Estado no futuro”, enfatizou Oliveira.

Correio do Estado



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