| Naviraí/MS - Terca-Feira, 16 de Abril de 2024

Sete prédios históricos de Corumbá podem ser restaurados


Segundo dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), esses locais integram parte do conjunto histórico tombado de Corumbá
Foto: Reprodução/Iphan Por: Walter Azzolini | 11/08/2023 17:49

Através do recém-lançado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Corumbá está prestes a vivenciar a restauração de sete prédios históricos, marcando um avanço significativo no âmbito da Infraestrutura Social Inclusiva para o estado de Mato Grosso do Sul.

De acordo com informações veiculadas pelo Correio do Estado, o novo PAC apresenta um conjunto de iniciativas para o município, com foco na restauração e revitalização de locais de valor histórico, conforme detalhado no Mapa de Obras:

Restauração:

  1. Edifício da Antiga Prefeitura
  2. Edifício do antigo Hotel Internacional
  3. Antigo Presídio - Casa do Artesão
  4. Casarão da Comissão Mista
  5. Casarão do ILA - Instituto Luiz de Albuquerque
  6. Igreja Nossa Senhora da Candelária
  7. Antigo Mercadão e Requalificação da Praça Uruguai

Além disso, está prevista a requalificação da Praça Uruguai. Estes locais, de acordo com informações fornecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), fazem parte do conjunto histórico protegido de Corumbá.

O Iphan destaca que o patrimônio tombado representa um legado de tempos de grande prosperidade, quando a cidade testemunhou a construção de majestosos casarões e sobrados em estilo europeu. Esse conjunto arquitetônico foi erguido durante a era do ecletismo e engloba mais de 200 edifícios preservados, construídos por mestres italianos e portugueses.

A restauração desses espaços já havia sido planejada e teve início em 2013, quando o PAC Cidades Históricas foi lançado. Naquela época, com o objetivo de atender cidades que abrigavam bens tombados pelo Iphan, o PAC Cidades Históricas destinou um montante de R$ 1,6 bilhão para 425 projetos de restauração de edifícios e espaços públicos em 44 cidades de 20 estados brasileiros. Entretanto, muitas dessas empreitadas não chegaram a ser finalizadas.

Ademais, em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Governo Federal revogou o PAC, que havia sido instaurado em 2007 durante a gestão de Lula (PT). Com o término do programa, a continuidade das restaurações se tornou inviável. Contudo, em 2023, com a mudança de poder e o retorno de Lula à presidência, o PAC foi reintroduzido, prometendo retomar não apenas esses projetos, mas também diversos outros.

A verba exata destinada às restaurações históricas em Corumbá ainda não foi especificada no site do Governo Federal. No entanto, é sabido que Mato Grosso do Sul receberá um montante substancial de R$ 44,7 bilhões, superando as previsões e expectativas. O anúncio do valor do Novo PAC foi feito na manhã da sexta-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Esse valor ultrapassa as estimativas iniciais e engloba diversos projetos, incluindo a conclusão da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas, avaliada em R$ 5 bilhões, estudos para a construção da Ferroeste (que conecta Maracaju a Paranaguá), revitalização da malha oeste (entre Corumbá e Três Lagoas) e análises visando a relicitação da concessão da BR-163.

Em escala nacional, o Novo PAC planeja investir R$ 1,7 trilhão em todos os estados, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026 e R$ 320,5 bilhões após esse ano. Os investimentos desse programa estão alinhados com a transição ecológica, a neoindustrialização, o crescimento do país e a geração sustentável de empregos, de acordo com o Governo Federal.

O tombamento do conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico de Corumbá foi realizado em 1993, conforme informações do Iphan. Fundada para proteger a região ao sul de Mato Grosso, em 1778, a cidade teve inicialmente a função de um posto avançado para abastecer o Presídio de Coimbra e o Forte do Príncipe da Beira. Além disso, ela também exerceu influência como centro na fronteira entre o Pantanal (Brasil) e a região do Chaco (Bolívia e Paraguai).

Situada em um local de beleza singular, nas planícies pantaneiras de Mato Grosso do Sul, e às margens do rio Paraguai, Corumbá é conhecida como a "Capital do Pantanal" e "Cidade Branca" devido à cor de suas terras ricas em calcário.




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