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SBI recomenda vigilância sobre nova variante da Covid-19

OMS pede cautela sobre mutações do virus
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Foto: Freepik Por: Walter Azzolini | 20/08/2023 12:20

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu uma nota de avaliação sobre a recente variante de interesse EG.5, que está sob monitoramento pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a SBI, até o momento, essa nova variante não trouxe modificações significativas ao cenário epidemiológico no Brasil. No entanto, a entidade está chamando a atenção das autoridades sanitárias para intensificarem a vigilância genômica dos casos sintomáticos de covid-19. Segundo o jornal douradosagora, o objetivo é detectar precocemente qualquer mudança no panorama atual.

Essa vigilância genômica envolve a análise do sequenciamento genético das amostras positivas do vírus SARS-CoV-2, obtidas por meio dos testes RT-PCR. Isso permite a identificação das diferentes variantes em circulação no país e quaisquer alterações nesse quadro.

A nota, assinada pelo presidente da SBI, o infectologista Alberto Chebabo, enfatiza que, embora a nova variante EG.5 ainda não tenha sido identificada no Brasil, existe a possibilidade de sua circulação silenciosa devido à baixa taxa de coleta para análise genômica no país.

O comunicado foi divulgado um dia após a Universidade Federal do Rio de Janeiro recomendar o retorno ao uso de máscaras em ambientes fechados e aglomerações como medida preventiva contra a covid-19. A universidade justificou essa decisão com base em um aumento moderado e gradual nos testes positivos de covid-19 em seu centro de testagem.

Embora a nova variante EG.5 ainda não tenha sido detectada no Brasil, a SBI contextualiza que ela já foi confirmada em 51 países. Essa subvariante, que faz parte da cepa Ômicron, possui características de maior transmissibilidade e potencial de evasão imune, o que poderia resultar em um aumento global nos casos de covid-19 até que ela possivelmente se torne dominante e se estabilize. Apesar dessas características, a OMS classificou a EG.5 como variante de interesse, considerando-a de baixo risco para a saúde pública global. Isso se deve ao fato de que essa variante não trouxe alterações significativas no padrão de gravidade da doença, como hospitalizações e óbitos. De fato, durante o período em que os casos aumentaram, os óbitos por covid-19 tiveram uma redução de 80%, segundo a OMS.

A SBI ressalta a importância de manter o calendário vacinal atualizado com as doses de reforço, especialmente a vacina bivalente, que foi desenvolvida para proporcionar maior proteção contra as subvariantes da Ômicron. A entidade destaca que grupos de risco, como idosos, imunossuprimidos, gestantes, população indígena e profissionais de saúde, devem receber as doses de reforço com intervalos não superiores a um ano da dose anterior, preferencialmente utilizando a vacina bivalente.

Em relação ao uso de máscaras, a orientação é que a população de risco utilize máscaras em locais fechados, com pouca ventilação e em situações de aglomeração, caso ocorra um aumento futuro nos casos de síndrome gripal e na detecção viral no Brasil.

A SBI também destaca a importância de realizar testes em casos de síndrome gripal para reduzir a transmissão do covid-19, com isolamento dos casos positivos.

No que se refere ao tratamento, a SBI recomenda que, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), os antivirais Nirmatrelvir/ritonavir (NMV/r) sejam prescritos nos primeiros cinco dias de sintomas para pacientes com 65 anos ou mais e imunossuprimidos, visando a redução do risco de complicações e agravamento. A escolha do tratamento deve ser feita após avaliação médica devido às possíveis interações com outras medicações e contraindicações. Na rede privada de saúde, em caso de impossibilidade do uso de NMV/r, consideram-se alternativas como Molnupiravir ou Rendesevir nos primeiros dias de sintomas, especialmente em casos com maior risco de hospitalização.




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