Polêmicas sobre concurso de professores temporários do estado continuam

As controvérsias em torno do concurso para professores temporários da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul persistem, ganhando destaque nas redes sociais com a divulgação de um print de um story de uma candidata. A imagem exibia o que seria a prova, acompanhada do gabarito, com a marcação do município de Dourados e o horário, às 13h52. A foto foi alegadamente postada no domingo (17), antes do início da prova teórica, uma das etapas do concurso.

No entanto, surgiram contradições em relação ao horário indicado na imagem. Os locais de prova fecharam os portões às 14h no domingo, e a distribuição das provas teria começado somente após esse horário, segundo informações da organização do concurso, a cargo do Instituto Avalia. Após a primeira denúncia de vazamento das provas, o instituto registrou um boletim de ocorrência.

Em resposta ao Jornal Midiamax, o Instituto Avalia afirmou que a foto mostrava apenas uma folha de resposta em branco e um saco utilizado para guardar o celular. Destacou que os envelopes com as provas estavam lacrados e foram abertos somente após as 14h, quando todos os candidatos já haviam guardado seus pertences.

O Instituto reforçou sua posição, repudiando a atitude da candidata e enfatizando que a ocorrência não compromete a integridade do certame, pois ocorreu antes da abertura dos envelopes de provas. Ressaltou que a abertura aconteceu após o fechamento dos portões, em horário posterior ao indicado na postagem e à vista de todos os presentes.

Da mesma forma que na denúncia anterior de vazamento, quando circulou um PDF com a prova nas redes sociais, o Instituto Avalia negou veementemente qualquer vazamento. Alegou que tais situações não afetam a realização do concurso, enfatizando que o material permaneceu sob guarda e escolta.

Durante a prova, dois fiscais por sala teriam acompanhado a movimentação dos candidatos, além da revista de utensílios pessoais, como água e alimentação.

Um candidato relatou que, antes mesmo do término da prova, o caderno de questões já estava escaneado e circulando em grupos de troca de mensagens. Houve também a alegação de que a prova teria sido retirada indevidamente, mesmo com a orientação do edital de que o Instituto Avalia forneceria um rascunho para anotações, já que a prova não poderia ser levada embora.

A prova escrita objetiva teve duração de 3 horas, iniciando às 14h15, em cidades como Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas, sendo uma das etapas do Processo Seletivo da Secretaria de Estado de Educação (SED).