O recente anúncio do plano industrial pelo governo Lula, enfatizando inovação, economia verde e transição energética, levanta questões consideráveis. Embora alinhado com tendências globais, as dúvidas emergem devido à semelhança com estratégias passadas que não obtiveram êxito.
Além do desafio financeiro evidenciado pelo déficit nas contas públicas, o comprometimento de 300 bilhões de reais suscita preocupações no mercado financeiro, levando a uma reflexão recorrente durante o terceiro mandato do petista: Lula teria aprendido com os erros do passado?
Os governistas argumentam que a política industrial é adotada internacionalmente para proteger empresas e fornecer subsídios. Contudo, a história política brasileira, especialmente durante os governos do PT, carrega registros de escândalos de corrupção, como o Mensalão e o Petrolão, o que contribui para a desconfiança em relação à gestão eficiente dos recursos públicos.
A analogia feita por um economista brasileiro ressoa: lidar com problemas é uma coisa para países ricos, mas para um país com dificuldades econômicas, como o Brasil, a gestão eficaz dos desafios é ainda mais crucial.
Nesse contexto, a análise do plano industrial de Lula não apenas envolve avaliação econômica, mas também a consideração crítica das lições aprendidas com as políticas anteriores e a necessidade urgente de evitar repetições de erros do passado.
É importante que os governos Dilma, Temer, Bolsonaro e Lula 3 concedem mais de 550 bilhões em isenções a grandes empresários e que, somados mais esses 300 bilhões, totalizam 850 bilhões. Um país rico oferecer isso é aceitável, mas um país pobre como nosso, é impensável. O economista Paulo Gedes dizia que as isenções eram um desatino, mas não conseguiu por fim a elas. Desde 2012, quandoo governo Dila implantou esse regime de isenções, o país já perdeu 5,5 trilhões de reais, quase um PIB nos dias de hoje.
Aguns grupos de empresários argumentam que o programa é bom, outros criticam, dizendo que os benefícios oferecidos pelo governo são para "empresários amigos do governo", do mesmo modo que já ocorreu no passado. Importante lembrar que, para oferecer "isenções" a empresários da indústria, alguém precisa pagar a conta. E ela sempre cai sobre a classe média e, especialmente, sobre os mais pobres.