Miguel Setas, CEO da CCR, anunciou durante um evento na última quarta-feira (7) que a empresa planeja eliminar os pagamentos em dinheiro vivo nos pedágios até 2026, graças à iminente revolução tecnológica nas estradas brasileiras com a implantação do 5G e o aumento das operações digitais. Essa mudança permitirá cobranças apenas por meios digitais, como leitura automática de placas ou tags, sem a necessidade de paradas em cabines, tornando possível a cobrança com base na distância percorrida por veículo. Setas também destacou a intenção de reduzir a inadimplência atual de 11% para 5% ou 8%.
O CEO da Ecorodovias, Marcello Guidotti, compartilhou que 80% da receita da empresa já é obtida eletronicamente, principalmente através de tags e cartões. Segundo o correiodoestado, essa transição para meios eletrônicos está mudando o sistema de rodovias, impulsionada também por obrigações contratuais desde o início das concessões.
Em relação à concessão da CCR em Mato Grosso do Sul, que enfrentou desafios em cumprir obrigações contratuais devido a atrasos nos investimentos do governo, um novo contrato está sendo negociado para estender a concessão por mais 15 anos, com um investimento previsto de R$ 12 bilhões ao longo de 35 anos. A CCR compromete-se a duplicar mais 190 km e adicionar 170 km de terceira faixa, com foco inicial em investimentos de R$ 2,5 bilhões nos primeiros três anos do contrato.