| Naviraí/MS - Quinta-Feira, 28 de Marco de 2024

Rainhas preparam show especial para desfile no Rio de Janeiro


Foto: Reprodução Por: Walter Azzolini | 11/02/2024 07:38

Elas têm vários perfis: as veteranas, as crias da comunidade, as popstars. Umas dão aulas de samba. Outras, de carisma. Em comum, as rainhas de bateria têm o brilho e a capacidade de atrair holofotes e olhares, à frente dos ritmistas da escola.

g1 preparou um guia com um pouco da trajetória de cada uma das beldades e ouviu um pouco de suas histórias de amor ao carnaval. Veja abaixo (na ordem dos desfiles de suas escolas).

Porto da Pedra – Tati Minerato, a paulista em 'Sangonça'

 

Tatiana Minerato é a rainha de bateria da Unidos do Porto da Pedra — Foto: Divulgacao/ Wallace Ximenes/ Palmer Assessoria de Comunicação

Tatiana Minerato é a rainha de bateria da Unidos do Porto da Pedra — Foto: Divulgacao/ Wallace Ximenes/ Palmer Assessoria de Comunicação

Tati Minerato nasceu sambista. Desde a infância, na Zona Norte de São Paulo, sambava pelos cantos da casa.

Aos 10 anos, realizou o sonho de desfilar, na ala das passistas mirins da Gaviões da Fiel. Aos 19, ela se tornou rainha de bateria da escola.

É rainha de bateria da Unidos do Porto da Pedra há três anos e vai estrear no posto no Grupo Especial, após o título da Sperie Ouro em 2023. Ela conta que a escola é a prioridade e se divide entre São Paulo e São Gonçalo para manter a assiduidade nos ensaios.

 

“Estou bem ansiosa, para mim é a realização de um sonho. Eu me preparei o ano todo para viver este dia, tenho certeza de que será um sucesso o desfile”, disse Tati ao g1.

 

 

Beija-flor – Lorena Raissa, a 'novinha'

 

Lorena Raissa, rainha de bateria da Beija-Flor — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Lorena Raissa, rainha de bateria da Beija-Flor — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Aos 17 anos, Lorena Raissa é a rainha de bateria mais jovem entre as escolas do Grupo Especial. A coroa veio após vencer um concurso disputado.

A mãe de Lorena já foi passista e hoje atua na harmonia da Beija-flor. Antes delas, o avô, Jorge Damu, já participava da escola e integrou a ala de compositores. Ela tem 15 irmãos e alguns fazem parte da Azul e Branca de Nilópolis.

A rainha de bateria da Beija-flor quase nasceu na Sapucaí. Ela veio ao mundo após um ensaio técnico da escola, quando a mãe voltava para casa, de ônibus. O veículo teve que desviar o caminho e levá-la para a maternidade.

 

“É uma responsabilidade muito grande. Por ser de uma escola do Grupo Especial, existem milhares de pessoas que se inspiram em quem está na frente da bateria, a rainha de bateria, nas passistas e musas. E, por ser nova, eu presto atenção nos meus afazeres para não levar más influências. Então, sempre tento inspirar o que é certo e o que é bom para mim”, disse Lorena ao g1.

 

 

Salgueiro – Viviane Araújo, a rainha das rainhas

 

Viviane Araújo, rainha do Salgueiro, samba debaixo de chuva na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/G1

Viviane Araújo, rainha do Salgueiro, samba debaixo de chuva na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/G1

Viviane Araújo estreou como rainha de bateria na Acadêmicos do Salgueiro em 2008, quando a escola levou para a avenida o enredo: “O Rio de Janeiro continua sendo...”.

Mas a história da atriz na Sapucaí começa mais de 10 anos antes, em 1995. Fã de carnaval, ela já atravessou a avenida pela Beija-flor, Unidos da Tijuca, Mangueira, Império Serrano e Caprichosos de Pilares, entre outras. Hoje sua imagem é quase um sinônimo do Salgueiro.

É conhecida pelo apelido de "rainha das rainhas" que conquistou pela popularidade, samba no pé e anos de serviços prestados ao carnaval do Rio de Janeiro.

Ela também tem uma relação próxima com o carnaval paulistano. É rainha de bateria da Mancha Verde.

 

 

Grande Rio – Paolla Oliveira, a estrela

 

Paolla Oliveira, rainha de bateria da Grande Rio, no desfile das Campeãs — Foto: Alexandre Durão / g1

Paolla Oliveira, rainha de bateria da Grande Rio, no desfile das Campeãs — Foto: Alexandre Durão / g1

A atriz Paolla Oliveira tem uma história longa com a Acadêmicos do Grande Rio. Ela desfilou como rainha de bateria nos anos de 2009 e 2010. Ela retornou ao posto em 2020.

Com ela à frente dos ritmistas, a escola conquistou seu primeiro título do Grupo Especial em 2022 com “Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu!”. O enredo falou sobre a divindade presente nas religiões de matriz africana.

Paolla atrai as atenções por onde passa e contou ao Fantástico no começo deste ano que, ao longo do tempo, aprendeu a lidar com os julgamentos das pessoas de forma madura.

 

“Comecei a ver as críticas de um olhar um pouco mais afastado (...). Eu respondo, eu argumento, eu faço vídeos, eu me sinto corajosa de estar fazendo isso (...). Do alto do meu privilégio, uma mulher branca padrão, bem-sucedida, eu estou falando: eles não me não me deixam em paz.”

 

 

Unidos da Tijuca – Lexa: sangue de rainha

 

Lexa em ação na Unidos da Tijuca — Foto: Alexandre Durão/g1

Lexa em ação na Unidos da Tijuca — Foto: Alexandre Durão/g1

A cantora Lexa é rainha de bateria da Unidos da Tijuca desde 2020. Ela vem de uma linhagem de rainhas: a mãe, Darlin Ferrattry, reina diante da bateria do Império Serrano. A irmã é Wenny Isa, rainha de bateria da Unidos de Bangu.

Para a intérprete, o carnaval extrapola a avenida. Ela comanda também o próprio bloco de carnaval, que faz parte do circuito dos megablocos que desfilam no Centro do Rio de Janeiro.

De acordo com a Riotur, a apresentação da cantora reuniu 150 mil pessoas este ano.

O Bloco da Lexa também desfilou na capital paulista.

 

 

Imperatriz - Maria Mariá, a faixa preta

 

Maria Mariá, rainha de bateria da Imperatriz, desfila na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Maria Mariá, rainha de bateria da Imperatriz, desfila na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Maria Mariá reina diante dos ritmistas da Imperatriz Leopoldinense desde 2022, mas a relação com o carnaval e com a escola vem de muito antes. Moradora do Complexo do Alemão, ela faz parte da escola desde criança, quando desfilava na ala mirim.

Antes de ser escolhida rainha, a jovem desfilava como passista.

Além do reinado diante dos ritmistas, ela estuda Comunicação Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela também é faixa preta de taekwondo e diz que a arte marcial a ajuda a evoluir na Sapucaí.

 

“Na parte física, ou de grandes estresses, saber administrar as emoções para um melhor desempenho na avenida, para evoluir junto com a minha escola e uma belíssima harmonia”, destacou.
Ao g1, ela contou que vive uma vida muito corrida, mas ressalta que trabalha para mostrar para outras meninas da comunidade que podem ser o que desejarem.

“A possibilidade de ocupar outros espaços, meios e ambientes diferentes, sem que ninguém te limite”, disse Maria Mariá.

 

 

Mocidade – Fabíola de Andrade, a primeira-dama

 

Fabíola de Andrade é rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel — Foto: Divulgação/ Agência Biz

Fabíola de Andrade é rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel — Foto: Divulgação/ Agência Biz

Fabíola de Andrade sempre gostou de carnaval desde quando morava em sua cidade-natal, Alvorada, no Rio Grande do Sul. Cresceu ouvindo as músicas e acompanhando os desfiles das escolas de samba na televisão.

As imagens que via na TV se tornaram reais após a aproximação da comunidade da Mocidade Independente de Padre Miguel, após se casar. O marido de Fabíola é o contraventor Rogério Andrade, patrono da escola.

Em 2014, ela desfilou como musa. Anunciada como rainha de bateria em novembro do ano passado, ela vive uma preparação intensa para estrear no posto este ano.

 

“A Mocidade representa muito para mim. É a escola onde eu me sinto em casa, com uma comunidade incrível e uma história de luta e superação. A Mocidade sempre esteve muito próxima da comunidade, é uma escola que valoriza suas raízes e trabalha para trazer melhorias para a região onde está inserida. Além disso, a escola tem um samba-enredo marcante e uma identidade visual única, o que faz com que ela seja reconhecida e admirada por muitos.”

 

 

  • Portela – Bianca Monteiro, a prata da casa

 

Bianca Monteiro, rainha de bateria da Portela — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Bianca Monteiro, rainha de bateria da Portela — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Cria da Portela e carioca do bairro de Madureira, Bianca Monteiro começou na escola como passista e integrou a corte do carnaval carioca duas vezes como princesa. É rainha de bateria desde 2016.

De família portelense, vários parentes participam da produção e desenvolvimento dos desfiles. Ao RJ1, o pai de Bianca contou que a primeira participação dela em um samba foi aos seis meses.

Atualmente, ela atua no Departamento Cultural da Filhos da Águia, escola-mirim da Portela, e na Oficina de Artes Paulo da Portela.

 

“Acho que a gente nunca vai conseguir definir o que é uma rainha de comunidade. É uma emoção única poder fazer parte de toda a construção do carnaval. Do corte de samba, da sinopse, do enredo. Até o dia do desfile. É mágico. Eu vivo isso, eu vivo Portela, eu respiro a Portela”, disse Bianca ao g1.

 

 

  • 'Um Defeito de Cor', da romancista Ana Maria Gonçalves, é o enredo da Portela para o Carnaval 2024

 

 

Vila Isabel – Sabrina Sato, a maratonista do samba

 

Sabrina Sato desfilando pela Vila Isabel — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Sabrina Sato desfilando pela Vila Isabel — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Sabrina Sato estreou como rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel no ano de 2011. Apenas Viviane Araújo está há mais tempo no posto do que ela.

O período diante da “Swingueira de Noel”, como a bateria da Vila Isabel é conhecida, aconteceu de forma consecutiva até 2019. Em 2020, Sabrina desfilou como rainha da escola. Ela voltou ao posto de rainha de bateria em 2022.

Antes de estar na Vila Isabel, defendeu outra escola da Zona Norte do Rio. Desfilou como destaque do Salgueiro.

Sabrina se divide entre os carnavais do Rio e de São Paulo e costuma viver uma verdadeira maratona devido à agenda intensa de desfiles e compromissos profissionais durante a folia. Sempre linda e com um sorriso contagiante no rosto.

Tem uma longa história também com a Gaviões da Fiel, na qual estreou em 2010 como rainha de bateria, após defender o título de musa por alguns anos.

 

  • Vila Isabel reconta história ancestral sobre a esperança de Oxalá pelas crianças

 

 

Mangueira – Evelyn Bastos, a 'cria' da Verde e Rosa

 

Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira, desfila na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira, desfila na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Evelyn Bastos tem uma longa história com o carnaval, mas desde sempre com a Estação Primeira de Mangueira. Antes de ser rainha de bateria da escola principal, ela ocupou o posto na Mangueira do Amanhã, escola-mirim da agremiação.

Depois de passar pela ala das passistas da Mangueira principal, ela foi escalada para representar a Verde e Rosa no concurso de musa do carnaval do Caldeirão do Huck. Venceu a competição. Pouco tempo depois, ela venceu também o concurso de rainha do carnaval do Rio de Janeiro.

Há mais de dez anos ocupa o cobiçado posto de rainha de bateria. Convidada pela direção da escola, ela voltou ao local onde começou: atualmente é a presidente da Mangueira do Amanhã e trabalha para que outros talentos, como ela, sejam desenvolvidos pela escola.

 

  • Mangueira vai homenagear vida e obra de Alcione

 

 

Paraíso do Tuiuti – Mayara Lima, a viralizada

 

Detalhe da fantasia da rainha de bateria de Paraíso do Tuiuti, Mayara Lima — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Detalhe da fantasia da rainha de bateria de Paraíso do Tuiuti, Mayara Lima — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Mayara Lima é sambista desde criança. Ela começou no mundo do samba no Aprendizes do Salgueiro, escola mirim da Vermelha e Branca da Zona Norte do Rio, aos 10 anos. Na escola principal, chegou a integrar a ala das passistas.

Ela também disputou o concurso de musa do carnaval do Caldeirão do Huck aos 18 anos, representando o Salgueiro, e chegou a ser uma das finalistas da atração.

Em 2017, Mayara se tornou destaque de chão da Paraíso do Tuiuti. No ano de 2020, ela se tornou musa. E em 2021 foi aclamada princesa de bateria e explodiu nas redes sociais com uma de suas performances diante dos ritmistas.

Aclamada, em 2022, ela foi anunciada como rainha de bateria, posto que ocupa até hoje.

 

 

Viradouro – Erika Januza, a discípula da Globeleza

 

Erika Januza, rainha da Viradouro, desfila na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Erika Januza, rainha da Viradouro, desfila na Sapucaí — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Mineira de Contagem, Erika Januza sonhou muitas vezes durante a infância em estar no espetáculo de luzes e cores que ela via na Marquês de Sapucaí. Sempre foi admiradora da festa na passarela do samba carioca que virava as noites acompanhando pela TV.

A inspiração de Januza é Valéria Valenssa, eterna Globeleza. Ela conta que, a observando, aprendeu a sambar.

Quando recebeu o convite para reinar diante da bateria da Vermelha e Branca de Niterói achou que era um trote.

Quando pisou na Sapucaí oficialmente como rainha de bateria da Viradouro, em abril de 2022, não conseguiu segurar as lágrimas.

 

"Estou lembrando da Erika lá em Contagem, pequena, assistindo pela TV e sonhando com tudo isso. Nunca imaginei ser possível ser rainha do coração da escola. Acredite no seu sonho e lute", disse na ocasião. (g1)

 




PORTAL DO CONESUL
NAVIRAÍ MS
CNPJ: 44.118.036/0001-40
E-MAIL: portaldoconesul@hotmail.com
Siga-nos nas redes Sociais: