| Naviraí/MS - Terca-Feira, 16 de Abril de 2024

Candidatos a vereança: o funil mais estreito


Foto: Divulgação Por: Walter Azzolini | 23/02/2024 10:21

SÓ SORRISOS: Em 2023 o presidente Jerson Domingos do TCE-MS ousou com o projeto ‘Primeira Infância’. Sonho que virou realidade. Agora com o PL do Executivo enviado ao Legislativo, o Governo Estadual garante recursos para não deixar uma só criança fora da escola. Elogiado pela classe política e opinião pública, Jerson tem bons motivos para comemorar.

CONFISSÃO: Durante o Congresso de Vereadores em curso, o presidente Jerson admitiu: “...Essa é a melhor notícia que eu recebi na minha vida pública. Cuidar das nossas crianças, melhorar a sua formação, para mim, é o mais importante legado que deixo em toda a minha vida pública. Fico grato ao governador e toda a sua equipe”.

‘ DÚVIDA’: Punição ou premiação? A concessão de aposentadoria aos juízes de direito por infrações no cargo é uma bizarrice e revolta a opinião pública. Portanto, é oportuna a PEC do ex-senador Flavio Dino (PSB-MA) contra essas aposentadorias escabrosas. Mas essa PEC será mesmo aprovada? A OAB na moita. Nem um pio.

NO ALVO: O deputado Gerson Claro (PSDB) é autor de proposta que obriga os bancos a cumprirem as regras do Banco Central sobre a gratuidade de alguns serviços. Além de não informar os direitos do chamado pacote gratuito ao cliente quando da abertura da conta, o banco se aproveita cobrando taxas ao longo da relação. Caso de Procon.

CUIDADO: Lá atrás o fenômeno atingiu partidos que comandavam o Executivo e detinham a maioria das prefeituras e cadeiras na Assembleia Legislativa. Hoje o PSDB é o protagonista da tentativa de comandar a prefeitura da capital. Mas fatores sinalizam que o projeto, tido antes como fácil, enfrenta barreiras. A ‘fadiga de poder’ uma delas.

NO RETROVISOR: O MDB foi o ‘ Rei dos Anéis’ com Wilson B. Martins e André Puccinelli. Mas o excesso e tempo de poder cansou e o basta veio em 2012 com o então poderoso Edson Girotto, com mega estrutura e quase 50% do horário eleitoral (13,26 minutos) que perdeu para Alcides Bernal (PP) com apenas 03,01minutos na TV.

FADIGA: Na política ela fomenta a renovação, sem levar em conta possíveis riscos de insucesso administrativo. O eleitor – as vezes ingrato – ainda continua pragmático, indecifrável, ingênuo, irônico ou vingativo. Por tudo isso os candidatos envolvidos no processo precisam fazer a leitura correta dos propósitos do eleitor. Sob pena de...

ELEIÇÃO: Cada qual com seus personagens e roteiro próprio. Mas uma coisa é certa: indispensável a leitura de pleitos passados, para delas tirar lições a fim de se evitar um final desfavorável. Eleições passadas podem ser comparadas as decisões judiciais através da jurisprudência que mostra o rumo certo.

BOLA DE CRISTAL: Quem pretende disputar a vereança precisa escolher o partido onde terá chances maiores de se eleger. Com as novas regras o partido só pode lançar uma chapa com o número de vagas – mais um candidato. Exemplo: numa câmara de 11 vagas o partido só pode lançar 12 candidatos (4 mulheres). O ‘funil’ ficou mais estreito.

SEM VEZ: Agora serão descartados das chapas aqueles candidatos de poucos votos sabidamente sem chances de se elegerem, mas que antes contribuíam para a soma total. Principalmente nas cidades de porte maior é possível que esses personagens acabem aproveitados como ‘cabos eleitorais’ em troca de promessa de emprego na prefeitura.

INSISTO: Calculadora na mão. É preciso que o pré-candidato a vereador seja esperto: um olho no potencial dos postulantes do partido que pretende se filiar e outro olho nos adversários. As novas regras vão inclusive repercutir no horário eleitoral gratuito. Com menos gente concorrendo, os candidatos terão mais tempo no rádio e televisão.

‘FINESSE’: Como presidente da CCJR, a deputada Mara Caseiro (PSDB) mantém a postura de respeitabilidade. Elogiáveis suas justificativas precisas e necessárias quanto a espinhosa missão dela e de seus pares na análise das propostas dos colegas deputados, especialmente em casos da rejeição. Equilíbrio, bom senso na defesa das regras e leis.

ANTECIPADO! Março nem chegou e o tiroteio político começou nas redes sociais. O deputado e pré-candidato a prefeito da capital Beto Pereira (PSDB) é a primeira vítima de postagens através do ‘WhatsApp’ com textos e imagens abordando sua vida pessoal. Evidente, cada qual faz sua leitura do filmete, arma usual nas eleições.

VERSATIL: Qualidade imprescindível na política onde não se deve rejeitar missões à serviço do partido ou grupo. Neste rol destaco José C. Barbosa (PP), deixando marcas positivas por onde passou. Foi assim na prefeitura de Angélica, na presidência da Sanesul, como deputado estadual, na Sejusp - e agora vice-governador atuante. Um senhor currículo.

PREOCUPANTE: Embora o STF já tenha manifestado pela acolhida da ‘Revisão da Vida Toda’, os aposentados temem agora pelas interferências políticas no desfecho do caso. O temor justifica-se diante de decisões do STF, criticadas por especialistas do direito. Aliás, o anunciado encontro do presidente Lula com os membros da Corte já provoca ‘frio na espinha’ dos aposentados. E com razão.

DE PLANTÃO: O vereador Carlos A. Borges (PSB), sem negar suas pretensões e posição política, mantem sua condição de protagonista nas eleições da capital. Em declarações como presidente do Legislativo, demonstra o bom nível nas relações institucionais com a prefeita Adriane Lopes. Ele não atropela o processo sucessório, mas também não foge dele. Esse é o Carlão.

ENCURRALADO: As notícias mostram que o presidente Bolsonaro vai ficando em situação cada vez mais difícil. As investigações colhendo materiais diversos e sua postura defensiva em nada ajuda em sua defesa. Seus correligionários não escondem o temor pelo pior. Aí há de se questionar: até onde o chamado ‘efeito Bolsonaro’ refletirá nas urnas?

SABEDORIA: “Evidente que para criticar Netanyahu pelo que acontece em Gaza não havia necessidade evocar Hitler nem usar Holocausto como arma retórica. O Holocausto tem que estar fora dos limites dos jogos retóricos de acusações políticas. É regra moral que não deveria ser transposta, um presidente progressista e humanista deveria saber disso...” (prof. Wilson Gomes da UFB – autor de ‘Crônica de uma tragédia anunciada’. (Manoel Afonso)




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