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Hoje é Terça-feira, 04 de Novembro de 2025. 
        
        
        Há três semanas, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) acompanha a disparada de casos de síndrome respiratória em Campo Grande. O número cresceu tanto que ontem levou a prefeitura a decretar estado de emergência em saúde.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, em quatro meses, foram registrados 1.033 casos graves de síndrome respiratória na Capital, o equivalente a quase a metade dos casos de 2023. No ano passado, segundo os dados do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs-CG), 3.165 pessoas tiveram casos graves de síndrome respiratória.
A preocupação da secretaria é referente à influenza A, a qual, entre as síndromes respiratórias, tem mais casos registrados em Campo Grande. Dos cinco óbitos que ocorreram nos quatro primeiros meses do ano, quatro eram pacientes que morreram em decorrência da influenza A.
“Queremos que a população entenda esta gravidade e tome as medidas [necessárias], usar a máscara, lavar as mãos, utilizar álcool em gel e tomar a vacina. Nós temos vacina disponível especificamente contra a influenza A, que está causando os óbitos, mas, infelizmente, só vacinamos 17% do público-alvo. Oriento as mães que evitem sair muito com os bebês porque esse vírus pode evoluir para uma pneumonia em alguns casos”, disse a secretária.
O aumento do número de casos de síndrome respiratória vem sobrecarregando o sistema de saúde da Capital, já que o período de internação, que normalmente é de cinco dias, está se estendendo para 15 dias atualmente.
“Continuamos com um grande número de atendimentos nas UPAs [Unidades de Pronto Atendimento], chegamos a registrar mais de 5 mil atendimentos. A nossa média é de 4 mil atendimentos por dia. Os leitos hospitalares de emergência das salas vermelhas e amarelas estão operando acima da capacidade”, declarou Rosana Leite. (Correio do Estado)
