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Hoje é Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025. 
        
        
        O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou hoje em Genebra, na Suíça, que a capacidade da organização para avaliar e gerenciar o risco apresentado pela gripe aviária à saúde humana está comprometida devido a falhas na vigilância de casos em animais ao redor do mundo. Ele mencionou recentes casos relatados nos Estados Unidos e no Camboja para ilustrar a gravidade da situação.
"Na semana passada, os Estados Unidos reportaram o quarto caso do vírus H5N1 em humano após exposição a vacas leiteiras infectadas. O Camboja também reportou dois casos em crianças que tiveram contato com galinhas doentes ou mortas. Até o momento, nenhuma transmissão de humano para humano foi reportada e, por isso, a OMS continua a avaliar o risco para o público em geral como baixo", explicou Tedros.
Em uma coletiva de imprensa, o diretor-geral da OMS fez um apelo para que todos os países fortaleçam seus sistemas de vigilância e notificação de casos de gripe aviária em animais e em humanos. Ele também solicitou que os países compartilhem amostras e sequências do vírus H5N1 com centros colaboradores da OMS em todo o mundo, garantindo acesso público aos dados.
Além disso, a OMS cobrou medidas para proteger trabalhadores de fazendas e estabelecimentos similares que possam estar expostos ao vírus, ampliar pesquisas sobre a gripe aviária e promover uma cooperação mais estreita entre os setores de saúde humana e animal.
Em junho, a OMS confirmou a primeira morte pela variante H5N2 da gripe aviária, ocorrida no México. O paciente, de 59 anos, não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais, mas tinha múltiplas condições médicas subjacentes. A variante H5N2 já havia sido identificada em aves do país.
Esses casos ressaltam a importância da vigilância contínua e da cooperação global para prevenir surtos e potenciais pandemias relacionadas à gripe aviária.
