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Hoje é Sábado, 01 de Novembro de 2025.
A Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas, realizada entre os dias 26 e 30 de agosto de 2024, trouxe resultados significativos em Mato Grosso do Sul. A ação, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a Polícia Civil e a Polícia Científica do estado, focou na coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas, visando reforçar a base de dados genéticos em nível estadual e nacional.
O lançamento oficial da campanha ocorreu no dia 27 de agosto, na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Campo Grande. A principal meta da iniciativa é fortalecer o Banco Estadual e Nacional de Perfis Genéticos para facilitar a identificação de pessoas desaparecidas em todo o Brasil.
O evento contou com a participação da perita Josemirtes Prado, diretora do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), e do delegado Carlos Delano, titular da DHPP. Ambos destacaram a importância da coleta de DNA como uma ferramenta crucial para o sucesso da campanha e para a resolução de casos de desaparecimento.
Durante a mobilização em Mato Grosso do Sul, foram coletadas amostras de DNA de familiares em 37 casos de desaparecimento, totalizando 49 coletas. Campo Grande liderou com 16 famílias atendidas, seguido por Dourados, também com 16 coletas, e Costa Rica, com 7 familiares participando. Nos municípios de Aquidauana, Corumbá, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas, foram feitas 10 coletas no total.
Essas amostras serão analisadas e integradas à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que possibilita o confronto de dados com amostras de todo o país, ampliando as chances de localizar pessoas desaparecidas, inclusive em casos antigos.
Um exemplo é o caso de Edmilson de Lisboa Duarte, desaparecido há dois anos no bairro Tijuca. Seu irmão, Nildo Duarte, foi um dos primeiros a doar material genético durante a campanha, alimentando a esperança de encontrar seu familiar.
