A transformação de uma vida e o impacto da doação de medula óssea

Salvar vidas pode parecer algo grandioso e distante, mas para alguns, começa com uma simples escolha: doar. Em 2013, o estudante de Direito de Mato Grosso do Sul, Rômulo Andrei Vilalba de Oliveira, fez essa escolha ao se cadastrar como doador de medula óssea durante uma campanha na sua universidade. Anos depois, ele recebeu uma ligação que mudaria sua vida – e a de outra pessoa que ele jamais conheceu. A experiência transformadora moldou sua trajetória, e ele compartilha sua história durante a Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea.

Hoje, aos 31 anos e policial civil, Rômulo relembra com emoção o dia em que recebeu a notícia do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) de que havia encontrado alguém compatível com ele. “Eu já era doador de sangue há bastante tempo, mas nunca imaginei que seria chamado para algo tão importante. Quando soube da compatibilidade, a emoção foi indescritível. Era algo raro, e não havia como negar: eu precisava ajudar”, diz ele.

Seguindo todos os passos do processo – exames de compatibilidade, orientações médicas e o procedimento de doação – Rômulo se deslocou até Belo Horizonte, onde o procedimento seria realizado. Ele compartilha que, apesar do deslocamento e ajustes em sua rotina, a experiência foi tranquila e positiva. "Fiquei impressionado com o cuidado e a organização. A equipe médica foi excepcional, e todo o processo foi muito mais simples do que eu imaginava. Muita gente tem medo ou não conhece o processo, mas posso garantir que é seguro, indolor e transformador", afirma.

A chance de encontrar um doador 100% compatível fora da família é de apenas 1 em 100 mil, o que torna as campanhas de conscientização fundamentais. Em Mato Grosso do Sul, a Rede Hemosul desempenha papel crucial ao oferecer informações claras e atendimento humanizado para quem deseja se cadastrar, tornando-se um possível doador de medula óssea ou de sangue.