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Hoje é Terça-feira, 28 de Outubro de 2025.
A Fundact (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia) anunciou na última semana o lançamento da 8ª edição do Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS). Com um investimento histórico de R$ 6 milhões, a iniciativa visa incentivar projetos científicos e tecnológicos voltados à melhoria da saúde pública em Mato Grosso do Sul. O valor é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Secretaria de Estado de Saúde, marcando um aumento de 700% em relação ao último edital, realizado em 2020.
O programa contempla até 30 projetos, com cada um recebendo até R$ 200 mil para custeio, capital e bolsas. O foco da chamada são pesquisadores com doutorado vinculados a instituições de ensino superior ou pesquisa, públicas ou privadas, localizadas em Mato Grosso do Sul. Para o diretor-presidente da Fundect, Márcio Pereira, o aumento expressivo nos recursos é um reflexo do compromisso com a inovação no setor de saúde. "O verdadeiro protagonista desse investimento são os pesquisadores, que definirão as linhas de pesquisa e trarão soluções inovadoras para fortalecer o SUS", afirmou.
Com cinco eixos temáticos definidos, o PPSUS inclui áreas como Saúde nas Fronteiras, Saúde Indígena e Inovação no Complexo Industrial da Saúde para o SUS. Esses eixos abordam questões prioritárias para a saúde pública do estado, com destaque para os desafios relacionados à Rota Bioceânica e Rota da Celulose. A diretora do Ministério da Saúde, Mônica Soares, ressaltou a relevância de focar nas questões sanitárias e socioambientais dessas rotas, que apresentam desafios únicos. "Esses eixos trazem soluções baseadas em evidências científicas para problemas reais", disse.
O período de submissão de propostas vai até 4 de abril de 2025. As inscrições devem ser feitas por meio dos sistemas Sigfundect e SISC&T, de acordo com as diretrizes estabelecidas no edital. O coordenador-geral do CNPq, Gilberto Souza, destacou que o Ministério da Saúde continua sendo um parceiro fundamental no financiamento das pesquisas. "A Fundect está colocando 100% de contrapartida, ampliando o alcance e o impacto do programa", concluiu.
