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Hoje é Terça-feira, 28 de Outubro de 2025.
Um estudo conduzido pela Stony Brook University, nos Estados Unidos, em colaboração com diversas instituições internacionais, aponta que a chamada “janela de meia-idade” é essencial para evitar o declínio cognitivo progressivo. A pesquisa analisou redes cerebrais de mais de 19.300 indivíduos e revelou que a degeneração cognitiva segue uma trajetória em formato de S, com transições críticas. O primeiro sinal de declínio aparece aos 44 anos, acelera a partir dos 67 e estabiliza após os 90.
Os cientistas destacaram que a resistência neuronal à insulina é um dos principais fatores que contribuem para o envelhecimento cerebral, levando à perda de energia dos neurônios. No entanto, intervenções metabólicas iniciadas na meia-idade podem retardar esse processo. O estudo demonstrou que o uso de cetonas como fonte alternativa de energia estabiliza as redes cerebrais, sendo mais eficaz entre os 40 e 59 anos. Após essa fase, a progressão do declínio torna as intervenções menos impactantes.
Diante das evidências, os pesquisadores sugerem que dietas cetogênicas, ricas em gorduras saudáveis e pobres em carboidratos, ou a suplementação de cetonas podem reduzir os riscos de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Além disso, a identificação precoce da resistência à insulina no cérebro, por meio de marcadores neurometabólicos, poderia permitir ações preventivas mais eficazes antes do surgimento dos sintomas.
Com o envelhecimento acelerado da população e a projeção de triplicação dos casos de demência até 2050, os especialistas reforçam a necessidade de novas diretrizes para triagem e prevenção. O estudo contou com a participação de pesquisadores do Massachusetts General Hospital, Mayo Clinic, Oxford University e Memorial Sloan Kettering, com financiamento da Fundação WM Keck e da Iniciativa de Pesquisa Cerebral da Fundação Nacional de Ciências (NSF). (Com informações do Futurity)
