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Hoje é Domingo, 26 de Outubro de 2025.
O vereador Franklin Schmalz (PT) visitou nesta semana as obras do Hospital Regional de Dourados, estrutura aguardada há mais de uma década pela população da cidade e de outros 34 municípios da macrorregião sul de Mato Grosso do Sul. A visita foi motivada por declarações recentes do governador Eduardo Riedel, que afirmou que a unidade “está pronta”, com o Centro de Diagnóstico Avançado já em fase de instalação de equipamentos. Apesar disso, o hospital ainda não tem data oficial para iniciar o atendimento à população.
Durante a visita, Franklin constatou que o prédio principal está concluído e que as áreas internas, segundo informações divulgadas pela imprensa, já contam com leitos, centro cirúrgico e equipamentos instalados. Diante da sobrecarga enfrentada pela rede de saúde municipal, o vereador voltou a cobrar explicações sobre a demora para o início do funcionamento da unidade.
“É lamentável que, depois de mais de R$ 80 milhões investidos e com parte da estrutura pronta, o hospital ainda não esteja atendendo a população. O Governo decidiu entregar a gestão a uma organização social, em vez de realizar concurso público para os profissionais. Isso se tornou mais um obstáculo para a abertura do hospital”, afirmou o parlamentar.
Durante sua passagem por Dourados na Expoagro, o governador disse que prefere não estipular uma data, mas garantiu que “o mais breve possível, vai começar a operar”. Franklin, no entanto, aponta que a Secretaria Estadual de Saúde respondeu a um requerimento informando que o funcionamento só deve começar no segundo semestre de 2026.
Na visita técnica, o vereador também verificou que outras obras ainda estão em andamento, como o prédio do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), previsto para dezembro de 2025, e a pavimentação das vias de acesso ao complexo hospitalar, que só devem ser concluídas em 2026.
Crítica à privatização
Para Franklin, a decisão do governo de entregar a gestão do hospital à iniciativa privada, com um custo estimado de R$ 13 milhões por mês, representa um retrocesso. “Estamos falando da entrega da saúde pública para a iniciativa privada. Isso é a privatização do SUS, e nós somos radicalmente contra. A saúde é um direito do povo e não pode virar negócio”, declarou.
O vereador alerta para os riscos do modelo de gestão por meio de organizações sociais, que segundo ele já apresentou falhas em diversas regiões do país. “O Governo está transferindo um bem público para empresas privadas que visam ao lucro, sem garantir a qualidade que o SUS exige”, pontuou.
Franklin já questionou oficialmente a Secretaria de Estado de Saúde sobre o processo de terceirização e criticou a falta de diálogo com os conselhos de saúde. “O Conselho Municipal de Saúde não foi chamado para discutir o tema, e o Conselho Estadual já se posicionou contra esse modelo. Isso mostra que a decisão foi tomada de forma unilateral e sem transparência”, criticou.
Cobrança por solução imediata
O parlamentar reforçou a importância da abertura imediata do hospital diante da superlotação enfrentada por unidades como o Hospital da Vida e a UPA de Dourados, agravada pelo aumento de casos de síndromes respiratórias.
“O Hospital Regional é essencial para toda a macrorregião sul. Cada dia de atraso custa vidas. Vamos continuar cobrando e fiscalizando para que essa estrutura seja colocada em funcionamento o quanto antes, com gestão pública, 100% SUS e com a qualidade que o povo merece”, finalizou. Com informações: Dourados Agora.
