|
Hoje é Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025.
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia identificaram a presença de uma linhagem diferente de Zika vírus no Brasil. Até agora, só haviam notícias da circulação da cepa asiática, causadora de um surto entre 2015 e 2016 no país. Contudo,foi identificada agora a presença do tipo africano, mais agressivo.
Diante de algumas incertezas que pairam sobre o tema, e do risco de uma nova epidemia, é reforçado o alerta para cuidado com criadouros do mosquito que transmite a doença.
O doutor em bioinformática Artur Trancoso Lopo de Queiroz trabalha para a Fiocruz baiana e assinou um artigo científico sobre a descoberta com outros colegas. Ele deu detalhes sobre o assunto em entrevista exclusiva ao Correio do Estado.
“Não estamos lidando com um vírus diferente. É o mesmo, só que de uma linhagem diferente. Estudos mostram que o tipo africano é um pouco mais virulento que o asiático, ou seja, a doença que ela provoca é um pouco mais aguda, pode ser que tenha sintomas mais fortes”, explica Queiroz.
Pesquisas mostraram que a cepa recém descoberta no Brasil também tem potencial para causar microcefalia em bebês, outro ponto negativo na lista do que se conhece até o momento sobre ela.
Correio Do Estado