A Polícia Federal (PF) localizou um arsenal de armas na mansão do influenciador, em Igaratá, interior de São Paulo. Os objetos estavam escondidos em um quarto de difícil acesso, semelhante a um bunker, e foram apreendidos para análise.
(Foto: Divulgação/PF)
O influenciador, de 28 anos e com mais de 15 milhões de seguidores no Instagram, foi preso na manhã desta terça-feira (14) durante a Operação Narco Bet, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro associado ao tráfico internacional de drogas em quatro estados: São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
No local, os agentes encontraram fuzis, pistolas, carregadores, mira holográfica, radiocomunicadores e uma farda semelhante à usada pelo Centro de Operações Táticas (COT) da PF. A corporação informou que as armas serão analisadas para verificar registro e origem, permanecendo apreendidas até que a situação seja esclarecida.
A investigação aponta que o influenciador teria ligação com o empresário e contador, responsável por administrar recursos do esquema criminoso. Parte do dinheiro pode ter sido direcionada para apostas eletrônicas, conhecidas como “bets”.
O influencer já havia sido alvo de uma operação da Polícia Civil de São Paulo em fevereiro deste ano, quando teve de esclarecer a compra de um carro de luxo que estava associado a terceiros que ele não conhecia. Na ocasião, ele afirmou em redes sociais que colaborou com a polícia para esclarecer a situação.
O influenciador também é amigo do rapper carioca Oruam, classificado pela Polícia Civil do Rio como pessoa de “alta periculosidade”. Os dois frequentemente aparecem juntos em eventos e viagens, e o influenciador chegou a compartilhar campanhas de apoio ao rapper.
A Operação Narco Bet cumpriu onze mandados de prisão e 19 de busca e apreensão, apreendendo carros importados, joias e dinheiro em espécie. O bloqueio de bens e valores relacionados aos investigados totaliza mais de R$ 630 milhões. A operação contou com cooperação da Polícia Criminal Federal da Alemanha (BKA), responsável por medidas cautelares contra um dos investigados em território alemão.
(Foto: Divulgação/PF)
O esquema investigado é desdobramento da Operação Narco Vela, que tinha foco no tráfico de drogas por via marítima. As apurações indicam que o grupo utilizava criptomoedas e transferências internacionais para ocultar a origem do dinheiro ilícito. Os investigados podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa com atuação transnacional. Com informações: g1