| Naviraí/MS - Sexta-Feira, 29 de Marco de 2024

Região "é problemática", diz pastor sobre local onde homem foi espancado e morto


Segundo religioso, terreno baldio é usado por usuários de drogas e travestis com frequência
(Foto: Henrique Kawaminami) Por: | 28/05/2023 18:08

"Aqui nesse terreno é cheio de usuário de drogas e travestis, eles roubam fios por aí e depois vem pra cá", disse Jânio Faustino, de 51 anos, pastor da igreja que fica em frente ao terreno baldio onde um homem foi assassinado nesta terça-feira (20). 

O corpo da vítima, que ainda não foi identificada, foi encontrado por um homem de 49 anos, que mora em um barraco próximo ao local do crime. Sem saber o que aconteceu, ele preferiu não se identificar, mas contou ao Campo Grande News que a vítima apareceu na região há poucos dias.

"Moro por aqui há cinco anos, tinham poucos dias que ele apareceu por aqui, só vi ele duas vezes, andando aqui na rua. Fui buscar umas madeiras que tem nesse terreno, para arrumar meu barraco, quando vi ele deitado. Fui ver o que tinha acontecido e ele já tava morto, aí chamei a polícia na hora. A cabeça dele tava bem machucada", contou o homem. 

Na igreja em frente ao terreno existem várias câmeras instaladas, mas nenhuma delas flagrou o autor do crime. "Passei o dia todo aqui dentro, não ouvi e nem vi nada. Só um bicicleteiro entrou no terreno, mas é normal, porque é um entra e sai toda hora desse terreno. Só a noite, durante o culto, que vi a polícia aí", contou Jânio. 

Segundo ele, os usurários de droga que frequentam o local também cometem furtos pela região, que não tem muita segurança. "Ano passado tivemos um prejuízo grande, pararam um carro aqui na frente, amassaram a concertina, pularam o muro e roubaram duas caixas de som, uma delas custava 32 mil reais", desabafou o pastor.

O morador que encontrou a vítima também contou à polícia e ao Campo Grande News que não viu movimentação nenhuma diferente, mas que passou o dia fora trabalhando e o crime pode ter acontecido antes. "Já vi tanta coisa feia nesse mundo, nem me surpreendo mais", disse a testemunha.

Registrado como homicídio simples, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), o caso ainda não foi encaminhado, mas deve ser investigado pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) ou pela delegacia da região. 

CAMPO GRANDE NEWS



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